mercoledì 9 dicembre 2009

Diário de Bordo-Budapeste (Parte II)

Dia 22

Acordei às 5h da manha!!! Está visto, tomei-lhe o gosto. Estava com necessidade de mudar as àguas (o que nunca me acontece durante a noite), mas nao tenho força para me levantar. Tou nesta luta uma meia hora até finalmente o meu cérebro conseguir controlar o resto do corpo e com isto levantar-me e ir à WC.

Com isto fico ainda mais desperto e ponho-me a fazer zapping. Os únicos canais que percebo sao BBC, TVE, Raiuno, Eurosport e MTV. Como devem imaginar pela hora, nem sabia o que havia de escolher para ver. Passado um bocado adormeço e acordo às 8h!! Porra, queria acordar cedo, para ter luz quando fosse ver coisas, mas domingo às 8h da manha nao é hora para estar acordado, a nao ser que esteja nos E.U.A. e o Benfica jogue o Mundial de Clubes no Japao!! Vou acordando e adormecendo e acabo por nao descansar bem. O que é que sucede? Sucede que só saio do hotel lá para as 13h. Como qualquer coisa pela rua e siga para Buda.
Castelo de Buda
Para quem nao sabe, Buda fica na margem esquerda do rio e Peste na margem direita. Faço o caminho a pé, passando a ponte. Já no lado de Buda, dá jeito apanhar o funicular para chegar ao castelo de Buda. Preço do bilhete, uns 3,5€. Mais uma vez o castelo parece mais um palácio do que um castelo. A vista é fantástica, pena que o tempo nao ajude nas fotos (isso, a falta de jeito e a dada altura a falta de carga pilhas). Ainda nao tinha falado sobre o tempo, mas basicamente esteve bastante nublado o tempo todo e chegou a chuviscar no domingo à tarde.
Ponte Széchenyi Lánchíd
Olho para o mapa e vejo que há mais cenas para ver perto do castelo. Como ainda tenho um monte de bilhetes do metro (5 bastavam para os dois dias) começo a usá-los mesmo para distâncias curtas: uma paragem (para aí uns 300 metros) para o ponto turístico seguinte, que por acaso é espectacular. Pena que a Igreja esteja em reforma e só se veja uma parte. Mas a vista para o Parlamento, que já era boa desde o castelo, fica ainda melhor. Lá tive de comprar mais pilhas a preço de ouro, para mais uns momentos Kodak. Em frente â igreja estava um tipo com uma àguia enorme (tipo a Vitória do Benfas), disponível para que se lhe tirassem fotos. Tinha até um traje tipico bastante curioso. Esta zona de Budapeste faz-me lembrar bastante a zona do Castelo de Praga. Nao tanto pelos monumentos, mas pelas ruas e edificios que se vêem à volta. Mais uma olhadela ao mapa, decido ir ver o parlamento de perto. Desço em direcçao ao rio e, apesar de nao conseguir vislumbrar danúbio, lá cheguei. Tiro mais fotos (depois de comprar mais pilhas, porque as outras nao duraram 1 hora) e meto-me no metro, para atravessar o rio (por baixo). Agora sim, estou ao lado do Parlamento. É realmente impressionante. Fico a pensar como é que uma cidade teve tanto e agora tem tao pouco (falo de dinheiro, claro). Após este momento tao profundo opto por ir para os Jardins Margarida, qjue ficam relativamente perto, mas como tenho bilhetes para gastar, vou de eléctrico. Estes jardins sao numa olha que há no rio (tal como em Praga). A ilha tem 2,5 km de extensao, com um parque desportivo lá dentro. É um local ideal para o jogging. É tipo o central park lá do sitio.


Parlamento (foto cof, cof artistica)

Bastiao dos Pescadores

Prova de que de facto estive em Budapeste

Ao observar o mapa, reparo que há qualquer coisa para ver do outro lado da ilha, entao apanho o autocarro. Aqui surgiu um daqueles azares de viagem. Pensava que o autocarro dava meia-volta quando chegasse ao outro lado da ilha, mas nao. Em vez disso o autocarro sai da ilha por outra ponte, e eu saí também. O problema é que isto já era bastante longe do centro, e ficava fora do mapa. Saio na primeira paragem que posso, até porque estava outra vez no lado de Buda (o centro e o hotel estavam do lado de Peste). Pergunto a um gajo que estava na paragem se algum dos autocarros vai para o centro. O homem nem sequer percebe "center" (e até era relativamente jovem). Mostro-lhe o mapa e aponto para onde quero ir, e nisto aproxima-se um autocarro, entao o prestável budapestense (nao sei se é assim que se diz) informa-me que aquele autocarro serve (abandando a cabeça). Entro no autocarro nao muito convencido, mas pelo menos já ia a caminho de Peste.

Depois de atravessarmos a ponte começo a fazer força mental para o motorista virar para a direita. Nao vira à 1ª oportunidade, nem à 2ª, mas finalmente à 3ª vira para a...esquerda, dá meia-volta e pára. Last stop, é o que parece. Começo a falar com o motorista para pedir indicaçoes para voltar para o centro...nao me percebe. Reparo que devemos esar perto de uma paragem de metro (pelo mapa) e pergunto onde está, sendo que prontamente o motorista aponta para umas escadas. Claro que ao contrário do que acontecia nas outras estaçoes, nesta nao havia o "M" de metro para que se percebesse. Suspiro aliviado, agradeço e lá vou, pensando no positivo da coisa: "estou a conseguir gastar os bilhetes de transporte. Já nao falta tudo."
O passo seguinte foi ir para a estaçao de comboio, para saber horários e preços da viagem para Viena do dia seguinte. Dentro da estaçao consegui perguntar em 4 sitios diferentes: bilheteira normal, Tourist Office, International Information e International Tickets!

A estaçao vista de fora é bastante imponente, os comboios nem por isso. Alguma das pessoas que por ali circundavam lembravam aquelas da Stazione Centrale di Milano. Provavelmente estou a ser injustoem esquecer-me de outras, para efeitos de comparaçao, mas essa foi a única em que tive de passar a noite em branco, 2 vezes, sozinho.
Só há mais umas coisitas para ver, mas do lado de Buda. É longe, nao sei bem como lá chegar e já é de noite (ou seja passa das 16h30), por isso volto para o centro onde dou o enésimo "giro" na praça com o mercado e zona circundante.
Está frio, preciso de um capuccino quentinho, entao o que faço? Vou para o "Starbucks" cá do sitio, que se chama "coffe heaven". Nao aquele perto do hotel, mas outro à entrada da "fashion street", que como o nome indica é uma rua cheia de lojas de roupa de marca.
Peço um capuccino e ponho-me a escrever durante 1h30. Está quentinho e o sofá é confortável. Entretanto começo a contar quanto dinheiro tenho da moeda local para nao ter de levantar mais dinheiro, porque depois ao trocar para euros é um prejuízo evitável.

Escrito dia 23, à noite, num bar):

No domingo, depois do capuccino fui dar um giro, mas um, pelo centro, antes de jantar um prato muito típico de budapeste: pizza. Para fazer melhor a digestao deambulei (que palavra bonita) pela noite de Budapeste, aproveitando para tiras umas fotos nocturnas de Buda iluminada. Realmente uma cidade de colinas com monumentos iluminados nas mesmas, é outra coisa. Cheguei ao hotel pouco antes da meia-noite e andei a fazer zapping entre a Raiuno, que falava de crimes fiscais e a TVE que mostrava uma reportagem sobre a extrema-direita em Espanha, odne cheguei a ouvir "se eu só discriminado porque sou branco, porque nao hei-de discriminar um negro?". Chega a ser comovente, apesar de nao tanto como o homem de meia-idade que era o fa nº 1 do franco, e contra a Democracia, porque a ditadura é que era a cena. Podia mudar para Cuba ou Coreia do Norte, ia dar-se bem (ok, nao sao ditaduras de direita, mas agora de repente nao me lembro de nenhuma). E com isto adormeci.

Fashion Street

Castelo de Buda (versao nocturna)

giovedì 26 novembre 2009

Diário de Bordo-Budapeste (Parte I)

Nota Introdutória:
De 21 a 24 fiz uma viagem a Budapeste e Viena. Durante a viagem, fui escrevendo algumas coisitas num bloco, porque tenho uma memória cada vez mais fraca, e achei melhor ir escrevendo qualquer coisa para pôr no blog. Vou praticamente transcrever tudo o que escrevi, mas obviamente vou editar alguma coisa, sempre que achar necessário.


Escrito dia 21 por volta das 11h30:

Começou bem a estadia em Budapeste. Conheci um aeroporto de uma capital europeia sem Multibanco...espetáculo. Claro que nao tinha um tostao da moeda local! Felizmente tinha uns 50€ levantados na noite anterior, para o caso de precisar de apanhar taxi para o aeroporto (o vôo era às 7h00 da manha). Fui trocar o dinheiro e reparei que a taxa de câmbio era bastante diferente da que eu tinha visto na net. Bilhete de autocarro:1,30€. Chego à estaçao de Metro e compro 10 bilhetes de viagens (custaram tipo 12€), sendo que em Barcelona, para as mesmas 10 viagens bastam 7,70€! Depois de fazer a viagem até ao centro, vou para um café com bom aspecto, perto do hotel do género do Starbucks. Quando estava a "inspeccionar" a zona tinha passado por um restaurante bastante chique que tinha almoços a partir de 5,5€ e jantares a partir de 8,5€, por isso entrei no café "sem medos". Começo a ver preços: fatia de bolo de chocolate, 4€, café 1,8€. "Mas afinal estou em Budapeste ou em Barcelona?!" penso. Acabei por "pequeno-almoçar" um capuccino e um muffin de chocolate: 4€ tudo. Após esta surpresa passei a ter mais cuidado. Dos 40€ que tinha trocado, já só sobravam pouco mais de metade e só estou cá há 2h.
Esqueci-me de falar do Metro de Budapeste. É o mais 2º mais antigo da Europa e nota-se bastante. uma reformazita nao faria mal nenhum. Nas primeiras estaçoes nao se percebia onde estávamos porque nao havia indicaçoes com o nome das estaçoes. portanto só sabendo Hungaro para perceber o que a senhora que está a falar nos altifalantes. Mas a meio caminho já se viam indicaçoes da estaçao em que se estava. Bom, está-se bem neste café. Lá fora está um pouco frescote, mas pronto, vou sair.


Escrito dia 22 por volta das 19h:

Ontem fui dar uma volta ao centro. Estive numa praça central onde fazem um mercado de Natal, típico da Europa Central. neste mercado com barraquinhas de Madeira, vendem-se vários artefactos artesanais e comida típica feita na hora. Seria porreiro se eu percebesse o que é que era o quê. Mas deixei-me de preocupar com isso e fui ver os locais típicos de Budapeste:ZARA, HM, Pull&Bear, etc. Serviu para chegar à conclusao que os preços sao iguais aos de Barcelona. Ainda nao é desta que me vou sentir rico numa viagem (foi a mesma desilusao da viagem a Praga).

Mercado

Depois de vista a Zara, voltei para a zona do hotel, por outro caminho, mas sem me perder muito. Fui tirando umas fotos e por volta das 13h fui almoçar ao tal restaurante todo cócó que tinha visto antes, mas que tinha almoços a 5,5€. Entrei e ao ver o menú (que obviamente nao estava do lado de fora) vi que a única forma de comer por aquele preço era tomar uma sopa. Mas deixei que essa fosse "a refeiçao à séria" de Budapeste e escolhi 1º e 2º prato. De primeiro uma sopa que por acaso enchia bastante. Tinha carne, polvo e camarao! Uma mistura invulgar Mas que até era boa. O prato principal foi um frango recheado de queijo e fiambre acompanhado de vegetais e um molho qualquer. O molho era bastante enjoativo e acabei por só comer a carne e fiquei a abarrotar. Com uma cerveja a acompanhar, o valor da refeiçao foi tipo uns 20 €

Tempo para referir que a minha obsessao com os preços das coisas é um vicio que vem de longe. mais precisamente desde os tempos de Erasmus, em que se viajava o mais possivel, sempre a dúvidar se o dinheiro ia chegar até ao fim do mês. Depois disso fiz também algumas viagens, enquanto estudante, portanto sem grandes orçamentos, entre as quais uma de 22 dias, por 5 paises, 12 cidades em 22 dias, pela modica quantia de 600€, tudo incluido (sendo as viagens maioritariamente por aviao). Por isso o bicho da sovinice em viagem ficou, apesar de que quando estou em Lisboa ou Barcelona seja até um bocado gastador (pelo menos em comida e bebida). Espero ter lavado um bocado a imagem de Tio Patinhas.

Acabado o almoço fui para o hotel fazer o check-in, por volta das 14h30. A entrada do hotel era espetacular. Pequena, mas com uma decoraçao que parecia ser da 1ª metade do século XX (nao sei precisar a década). Como nao sou Eça de Queiroz para fazer descriçoes, digo apenas que aquilo tinha muito mármore negro e algumas cenas douradas.

Já estive nalguns hotéis antes (poucas, porque na maioria das vezes só viajo para cidades onde tenho estadia grátis) mas esta foi a 1ª vez que me levaram a mala para o quarto. Enquanto fazia o caminho para os meus aposentos pensei "como os tempos mudam, agora ando em hotéis de nível e tudo" (o que diga-se de passagem só foi possivel devido aos impressionantes descontos que se encontram em www.booking.com). Logo de seguida pensei "porra vou ter de dar uma gorjeta ao homem...quando é que se dá de gorjeta? Ainda por cima tenho de fazer contas para a moeda local. Porque é que este palhaço levou-me a mala? Nao sou nenhum aleijado!". Dei o equivalente a 2€. Nao sei se é muito ou pouco.

Hotel Astoria

Deitei-me um pouco para descansar (afinal de tudo só tinha dormido umas 3h30 e já tinha caminhado bastante durante a manha). Faço o plano do que ia ver o resto da tarde, ou seja a partir das 15h30. Fui ver a Sinagoga, que é enorme (a 2ª maior do mundo...está visto que o Paulo Bento tem raízes hungaros, sempre em 2º). Só via a Sinagoga do lado de fora, porque estava fechada. De seguida fui ver a Cadedral, que também é enorme. Mais uma vez nao entrei, porque estava fechada, o que nao me incomodou muito, porque desde o ano de Erasmus em Itália que é dificil eu ter grande interesse em entrar para uma igreja. Foi uma overdose muito grande.

Sinagoga


Catedral

Caminhei um pouco pela zona e vi alguns bares/restaurantes com bastante bom aspecto. O curioso é que nao vi meio termo: ou era tudo semi-chique ou semi-rasca.

Dirigi-me entao para a rua Andrassy, que é uma avenida enorme em que dá para perceber bastante o que foi e o que é Budapeste. É espantosa a qualidade das construçoes que se vê, acompanhado por uma falta de conservaçao gritante. Os prédios têm quase todos de origem uma côr clara (normalmente branco), mas estao todos pretos. As excepçoes sao o rés-do-chao, quando ocupados por lojas: Chanel, Armani, Cavalli, etc.

Nesta rua entrei na FNAC ládo sítio de seu nome"Alexandra", que tem um upgrade: vende vinho!! Ou seja leva a questao do entretinemento um passo mais além juntando aos livros, CD's e DVD's, a vinhaça. E as prioridades estao bem definidas, pois o vinho está logo à entrada!
No andar de cima tinha um café que parecia um salao de baile do Séc XVIII (se calhar era).

Seguindo pela avenida, a caminho da Praça dos Heróis, a partir de metade do trajecto começam a avistar-se moradias, deixando de se ver tantos prédios.

Praça dos Heróis

Tiradas as fotografias à Praça dos Heróis, segue-se para um castelo de seu nome Vajdahunyad. Nao sei porque é que se chama castelo, porque na minha terra aquilo chama-se "palácio".

Castelo

Tiradas as fotos da praxe, voltei de metro para o centro.


Ah...esqueci-me de dizer que a meio da avenida, numa rua prependicular havia imensos bares/restaurantes, todos com bom aspecto. Parece que sair para jantar ou beber um copo é nao é para todos (tendo em conta o salário médio da Hungria). Talvez esteja enganado, mas foi o que pareceu.

Entretanto já tinha escurecido (lá pelas 16h30).

Dizia eu que voltei de metro para o centro. Nesta linha de metro valea pena entrar, nem que seja uma vez. As carruagens de metro sao do tamanho de um eléctrico (daqueles pequenos que há em Lisboa, tipo o 28...vocês sabem do que eu estou a falar)- E há apenas duas carruagens!! As estaçoes sao antigas, mas relativamente bem conservadas o que dá um ar pitoresco à coisa.

Já no centro, bebi vinho quente, que é óptimo e uma ideia brilhate para combater o frio: tem o melhor do vinho (o alcoól) e o melhor do chá (é quente). Aproveito para fazer publicidade. Se quiserem beber vinho quente em Lisboa experimentem no Ogamico,
que fica na zona do Príncipe real.

Mais uma volta pelo mercado, mais umas lojas e a certeza que definitivamente Budapesta nao é barato (para aquilo que estava à espera).

Voltei para o hotel perto das 20h00, para descansar mais um bocado e lá para as 21h30 saí para comer alguma coisa pela rua e beber mais um vinhozinho, antes do retorno final, para o hotel (cerca das 23h00, mas o corpo dizia-me que eram umas 4h da manha, pelo pouco que tinha dormido).


To be continued

lunedì 9 novembre 2009

Queiroz-o diplomata



Carlos Queiroz é um diplomata. Tem um estilo de comunicação sereno, mesmo que o que esteja a dizer seja uma barbaridade ou uma provocação mal disfarçada (normalmente ao Scolari).

Digo desde já que acho que o Queiroz foi o principal responsável pela geração de ouro do futebol português e pela mudança de mentalidade na selecção. Foi com ele, não com Scolari, que os adeptos começaram a apoiar mais a selecção, esquecendo a clubite. Lembro-me de ler (ou ouvir) uma declaração do selecionador na altura do apuramento (falhado) para o Mundial de 94, que preferia jogar na Escócia num estádio cheio de 30.00o adeptos rivais, do que em Portugal num estádio vazio, com meia dúzia de gatos pingados. Lembro-me que com os resultados conseguidos e o bom futebol (cujo auge foram uns 5-0 à Escócia) levaram a que, por exemplo, fossem 80.000 espectadores ver um Portugal-Estónia. Portugal precisava de gannar por 4-0, para bastar empatar em Itália no último jogo e apurar-se para o Mundial. Não me lembro se foi nesse jogo ou ainda antes, que "inventou-se" a camisola 12 da selecção, que era o público.

Não conseguimos o apuramento, mas o entusiasmo pela selecção ficou. No apuramento para o Euro 96, fizemos uma campanha brilhante, culminada com uma vitória por 3-0 sobre a Irlanda, na Luz. Nesse Europeu, já muitos portugueses (eu incluido), viamos Portugal como candidato ao título, coisa que meia dúzia de anos antes seria ridiculo de pensar. Dou o mérito principal desta mudança de mentalidades a Queiroz.

Na década que se seguiu, com excepção do desastre ambulante Artur Jorge, todos os seleccionadores conseguiram, com maior ou menor dificuldade chegar às fases finais de europeus e mundiais (com uma final e duas semi-finais).

Outro do mérito de Queiroz foi a aposta no jogador português, numa altura que se começou a importar estrangeiros e naturalizá-los quando chegavam ao aeroporto (bastava casarem com uma qualquer "profissional"). Os dirigentes, com o sucesso das selecções jovens, começaram a apostar mais nos jogadores portugueses e na formação.

Quando foi anuciada a contratação do Prof, pela F.P.F, fiquei contente porque pensei que iria ser reorganizada a formação das selecções jovens, de modo a que estas pudessem voltar a lutar por títulos, como foi seu apanágio nos anos 80/90.

O que Queiroz fez foi naturalizar Liedson, que tem 32 anos ,depois de dizer que quer renovar a seleçcão para o futuro. Apostar em jogadores que ninguém conhece (tipo Edinho) e que nunca irão fazer nada de mais. Ignorar os poucos jogadores com cultura de selecção e capacidade de liderança (Nuno Gomes, por exemplo). Chamar jogadores suplentes, depois de dizer que só ia chamar quem estivesse a ser utilizado pelos seus clubes (num claro "picanço" ao Scolari). Dar a braçadeira de capitão a um puto mimado, que nem sequer sabe defender os colegas. Enfim...
Com isto tudo, apenas fez com que grande parte dos portugueses se afastassem da selecção. Sobretudo com a convocação do Liedson, que vê-se claramente que não tem a minima identificação com Portugal (ao contrário, por exemplo do Pepe, que chgou com 17 anos e penso que seja casada com uma portuguesa). Qualquer dia temos 11 brasileiros naturalizados na selecção. Alguém vai sentir-se representado por uma selecção deste tipo?

Mas nem tudo é mau. Uma coisa boa já fez o bom do Carlos. Aquilo que seria impensável, sobretudo para quem vive em Espanha. Pôs o Real Madrid e o Barça de acordo!!!! Não acreditam? É só ler aqui e aqui.

Após este momento histórico de diplomacia, penso que o Prof deve ser a pessoa escolhida para resolver a questão Israel/Palestina.

mercoledì 28 ottobre 2009

Como é que se diz?


Recentemente li uma noticia que referia que um site tinha-se dedicado a descobrir quais as 10 palavras que mais fazem falta à lingua inglesa. O que até tem algum sentido, já que se quase todas as linguas têm inglesismos (marketing, internet, etc), o inverso não é bem verdadeiro (digo eu que percebo bué disto).

Fizeram uma lista e em primeiro lugar, no ranking das palavras que mais fazem falta ao inglês ficou uma palavra portuguesa!!! Só podia!! "Saudade" é uma palavra dificil de traduzir todos já sabiamos, agora temos a confirmação disso...é o que devem estar a pensar. E pensam mal. A palavra escolhida foi: desenrascanço. E se não acreditam, podem ir ao site aqui.

Isto de ter palavras dificeis de traduzir é-me bastante familiar. Tanto quando estive a fazer o Erasmus em Itália, como agora viver em Espanha, fui vitima do "sindrome do emigrante que já não sabe falar a sua própria lingua em condições".

Um emigrante, ao usar tantas vezes outra lingua, sobretudo se for parecida com a lingua mãe, corre o sério risco de desaprender a falar. Se por um lado quando falamos a nova lingua, muitas vezes desenrascamo-nos e usamos a palavra portuguesa com o "sal" da lingua estrangeira (por exemplo pôr um "i" no final das palavras em italiano, ou tambem um "i" algures a meio das palavras em espanhol), por outro, muitas vezes começamos a fazer o inverso quando falamos português.

Talvez por ter muito contacto com portugueses (tanto em Espanha, como em Itália...mas menos), muitas vezes entre nós começamos a aportuguesar as palavras e falamos entre nós assim, mesmo que a palavra não exista ou tenha um significado diferente.

Alguns exemplos:

Do espanhol

- "Não quadra" (aportuguesamento de "no cuadra", que significa "não bate certo";

- "Apuntas-te?" (aportuguesamento de "te apuntas", que significa "queres ir/vir?";

-" onde vais cenar?" (aportuguesamento de "donde vas a cenar", que significa "onde vais jantar";

-"Viste esta peli?" (aportuguesamento de "has visto esta peli?", que significa "viste este filme".



Do italiano

-"Vou ao negócio" (aportuguesamento de "vado al negozzio" que significa "vou à loja";

- "Tenho um apontamento" (aportuguesamento de "ce l'ho un appuntamento" que significa "tenho um encontro/reunião";

- "Já fizeste o pareggio?" (aportuguesamento de "hai giá fatto il pareggio", que significa "já fizeste a compensação)- Nota este nem precisava de explicação para os actuais ou ex-siemens.


E como estes exemplos há muitos outros. Isto não é problemático quando falamos com outros tugas na mesma situação, o problema é quando falamos com pessoas que não estão a par deste quase dialecto.

Em baixo podem ler a descrição de desenranscaço:

Means:
To pull a MacGyver.
This is the art of slapping together a solution to a problem at the last minute, with no advanced planning, and no resources. It's the coat hanger you use to fish your car keys out of the toilet, the emergency mustache you hastily construct out of pubic hair.
What's interesting about
desenrascano (literally "to disentangle" yourself out of a bad situation), the Portuguese word for these last-minute solutions, is what is says about their culture.

Where most of us were taught the Boy Scout slogan "be prepared," and are constantly hassled if we don't plan every little thing ahead, the Portuguese value just the opposite.

Coming up with frantic, last-minute improvisations that somehow work is considered one of the most valued skills there; they even teach it in universities, and in the armed forces. They believe this ability to slap together haphazard solutions has been key to their survival over the centuries.
Don't laugh. At one time they managed to build an empire stretching from Brazil to the Philippines this way.
Fuck preparation. They have desenrascano.

mercoledì 21 ottobre 2009

Burocracia


Agora que passaram dois anos desde que aqui cheguei, acho que é uma boa altura para falar sobre a burocracia necessária para trabalhar e viver em Espanha. Sobretudo agora que Espanha é o país com a mais alta taxa de desemprego da Europa (li também que 30% dos novos desempregados da união europeia vivem por aqui).


Na realidade eu queria ter feito este post há 23 meses, que foi quando tratei da burocracia (isso, quase um mês depois de chegar), mas achei melhor esperar, para dar-me a oportunidade de me esquecer de alguns pormenores.


O primeiro a fazer é tratar do Número de Identificación de Extranjeros, mais conhecido por NIE. Como em tudo na vida, o mais dificil é começar e este acaba por ser o documento mais demorado para se conseguir (umas 2 horas, talvez...depende do número de pessoas que está à frente). Na altura passei por 3 filas e ainda tive de ir ao banco a meio, para pagar uma taxa qualquer. A parte mais caricata foi não deixarem-me entrar num dos edificios, sem os formulários preenchidos. Tinhamos de os preencher na rua, enquanto estávamos na fila. Mas quando entrávamos no edificio ainda estava muita gente à espera, por isso não fazia sentido nenhum que tivessemos de preencher a papelada, apoiados no joelho ou na parede...enfim. Acho que é preciso também levar fotocópia do passaporte ou do B.I e fotos tipo passe. No final dão um papel verde com um número, mas não tem lá nenhuma foto. Portanto é um documento prático e fiável.


Depois trata-se ou do empadronamiento ou da segurança social. E tanto um como outro são relativamente rápidos de tratar. Não mais de 15/20 minutos. Para a inscrição na Segurança Social, é preciso o tal NIE (levar sempre fotocópias) e pode-se efectuar num dos vários postos de Segurança que há, espalhados pela cidade (ao contrário do N.IE. que só se pode "tirar" num sitio).


Passamos então ao empadronamiento, que será o equivalente à inscrição como habitante de uma determinada freguesia. Para o empadronamiento é necessário documentação comprovativa de que realmente se vive no bairro onde se situa a "Junta de Freguesia". Para isto, basta uma cópia do contrato de arrendamento, de uma factura de luz/telefone, etc, ou de uma declaração da pessoa que tem contrato de arrendamento a dizer que a pessoa X vive na morada Y.


Por último o cartão de saúde. No meu caso foi o útlimo bem último, pois só tratei disto em Agosto deste ano. Não demora muito tempo (também 15/20 minutos), mas é preciso levar toda a papelada que se tenha: fotocópia de BI, fotocópia de NIE, comprovativo de inscrição na Segurança Social e o papel do empadronamiento. Aqui é que a coisa pode correr mal. O tal papel do empadronamiento só tem validade por 3 meses, pelo que pode acontecer (e aconteceu) ir ao centro de saúde e voltar sem ter tratado de nada, por causa deste prazo de validade. Caso estejam a pensar (e mesmo que não estejam) "porque é que não trataste disso tudo ao mesmo tempo?", eu respondo "porque tinha o Cartão de Saúde Europeu, que só perdeu a validade em Abril e porque não sabia da perda de validade do papel do empadronamiento.

mercoledì 7 ottobre 2009

Espionagem


Hoje falo-vos do tema que tem estado na ordem do dia, tanto em Portugal como em Espanha: espionagem.

Em Portugal, houve o escândalo da "espionagem em Belém". Em Espanha, e mais precisamente em Barcelona, houve o escândalo da espionagem aos dirigentes do Barcelona.


Do caso português não tenho muito a acrescentar, até porque imagino que não tenha existido outro tema a abrir os telejornais durante uns tempos. Em relação ao caso do Barça, existem algumas curiosidades:


-A espionagem era feita internamente. Ou seja, teoricamente por ordem do Director-geral, alguns dos vice-presidentes do Barcelona foram espiados "por razões de segurança".
-Os vice-presidentes desconheciam que estavam a ser espiados.
-O presidente (Laporta) também não tinha conhecimento de nada até receber o relatório com os resultados (a mim custa-me a acreditar, mas tudo bem)
-Os espias custaram cerca de 50.000€ (parece-me ser uma carreira a considerar)

-A espionagem pura e dura, foi dado o nome de "auditoria de segurança".


Surgem-me algumas questões importantes:

-Mas que raio de confiança existe entre um grupo de dirigentes que se vigiam entre si?!!

-Como é que estas pessoas conseguem continuar a trabalhar juntas (eu demitia-me no momento, estando na posição de qualquer um deles)?!

-Como é que o Presidente acha que é tudo normal e que é irrelevante que ele tenha ou não dado autorização para este tipo de "auditoria de segurança", mesmo sendo o clube a pagar a conta?!


Uma versão mais elaborada da história diz que a "auditoria de segurança" tinha como objectivo verificar se algum dos vice-presidentes tinha algum podre que o impedisse de ser presidente (nao sei o que iriam considerar "podre"), viso que Laporta não vai ser canditato nas eleições que se aproximam (2010). Ora isto para mim ainda seria mais escandaloso, pois entao ainda menos razões para que fosse o clube a pagar tal serviço.


Lembrei-me que no inicio do ano também houve um escândalo qualquer de espionagem em Madrid, mas na politica. Como interesso-me mais por futebol do que por politica, não me lembro bem dos pormenores, mas podem lê-los aqui.

sabato 22 agosto 2009

time is running out

venerdì 7 agosto 2009

Férias, Vacanze, Vacaciones, Vacations, Vacances!!



De maneiras que na próxima semana vou estar nesta praia. Não tem muito mau aspecto não senhor!
Estou prontissimo para o dolce fare niente!!

lunedì 27 luglio 2009

Queimar os últimos cartuchos!

Este último fim-de-semana foi o ponto de partida para "queimar os últimos cartuchos". Sao os últimos dias enquanto ainda posso dizer que sou um jovem na casa dos 20'.

Surpreendentemente, consegui fazer farra 3 dias seguidos, sendo que num deles dormi 1h30 e fui trabalhar. Foi na quinta-feira, a seguir ao jantar da empresa de verao que tudo começou, ao ficar na disco até perto das 6h da manha, até dar-me conta que estava sozinho (mesmo os ultimos resistentes, como o chefe, tinham bazado) e que faltavam 2horas para estar no trabalho (que é a 1h de minha casa). Acho que fiquei meio sóbrio quando me apercebi do "drama".

Fui para casa de táxi, dormi 1h30 e levantei-me ainda nao sei muito bem como. Cheguei apenas 30 minutos atrasado e resisti bastante bem à manha. Ás 14h fui-me embora e ás 15h30 tinha um compromisso importante, que nao podia adiar, por isso só cheguei a casa ás 17h. Ainda fiz um sesta de 1h para conseguir aguentar-me para a festa seguinte, no terraço da minha casa (melhor sitio que eu conheço para estar em barcelona à noite, durante o verao). Era a festa de despedida de mais uma tuga (Anabela) que volta às origens.

Esta segunda festa correu bem, lá para as 5h da manha saimos do terraço e fomos uns quantos para o jardim perto de minha casa (fazer um mini botellon), até nascer o dia.

Para finalizar o "hat-trick" de festas, a festa na casa das "vizinhas" da Minerva 6. Duas mestras (Angela e Marta) e uma "fugitiva" (Vanessa) arranjaram mais uma desculpa para fazer uma festa e cá vai disto...acabou às 8h00 da manha, segundo a carta que o vizinho deixou debaixo da porta· Eu como nao podia deixar de ser, estive outra vez na festa até ao fim. Com a nuance de desta vez ter passado algumas horas a "meditar" deitado no sofá.

O facto estranho disto tudo, é de no dia seguinte nunca ter precisado do belo do Gurozan e estar em perfeitas condiçoes quando acordei (sem contar com o destilamento, devido ao calor infernal que nestes dias tem aconchegado Barcelona). Fez-me lembrar os velhos tempos de resistência (ao sono e ao alcool) que eu pensava que tivesse ficado definitivamente para trás.

venerdì 24 luglio 2009

Puto em Paris

E só porque sim posto esta foto, que é provavelmente a minha preferida.
O fotógrafo é Henri Cartier-Bresson.

mercoledì 8 luglio 2009

Se fizer exercício, beba

Diz um estudo realizado pela Universidade de Barcelona (não fui eu que o fiz) que beber uma jola depois de exercício físico ajuda a recuperar dos efeitos do esforço.

A grande questão é, durante quanto tempo é que isto vai ser novidade? Esta notícia tem dois anos.

martedì 7 luglio 2009

Destino Turístico "em altas"


Definitivamente, a cidade na moda.
Uma das semanas de férias que vou ter, será passada na capital catalã (curioso, não?).
Escolhi a imagem da Catedral porque está em obras, e por isso não se lhe vê a fachada há pelo menos dois anos (mais ou menos desde a última vez que escrevi um post).

venerdì 12 giugno 2009

O mais caro de sempre, a que preço?


O Cristiano Ronaldo, caso tenham estado em Marte a passeio e não saibam, foi contratado por uma cifra recorde entre 93 e 96 milhões de euros (conforme a taxa de câmbio que se utilizou para converter os 80 milhões de libras).

Esta transferência é no entanto má para o Manchester United, que perde a sua grande referência, com um grande rendimento insuperável nos últimos 3 anos. E apesar do dinheiro que tem, como é que arranja outro melhor? Só se o Barcelona aceitasse vender o Messi.

Tenho algumas dúvidas se será uma boa opção, desportivamente falando, para o Cristiano. Em Manchester estava perfeitamente integrado na equipa e a equipa estava perfeitamente adaptada a ele. Para além disso tinha um dos poucos treinadores no Mundo, com prestígio para o poder pôr na linha, quando necessário.

Em Madrid, não sei como é que a equipa vai funcionar, sobretudo pelo actual estilo de jogo do português, que passa precisamente por ter a bola e tentar marcar, seja rematando logo, seja tentando fintar toda a gente que lhe aparece à frente. Isto não sei se vai funcionar, numa equipa com Káká e seja com que estrelas que o Florentino Perez ainda compre neste Verão.

Outro dos problemas que Cristiano vai encontrar em Espanha é a falta de espaço, em relação ao que existe na Premier League. Aqui pela terra de Cervantes e de Saramago (ah este não é) as equipas são mais organizadas defensivamente, não é aquela correira louca que existe no futebol inglês, e não tem tantos defesas com a agilidade de uma árvore.

A pressão mediática também penso que será maior. Ok que em Inglaterra são os reis dos tablóides e também existem paparazzi, mas isso é mais em Londres, não tanto em Manchester.

Em Espanha e particularmente em Madrid, a oferta de "diversão nocturna" é mais do que muita e sabemos como o Cristiano Ronaldo gosta de uma boa farra. Ora não faltam são programas estilo tertúlia cor-de-rosa mas muito pior, sempre atrás das histórias que certamente o Cris vai proporcionar.

Um ponto que também devo referir: penso que o Cristiano Ronaldo junta o "título" de mais caro de sempre ao "mais odiado de sempre". Ele em Inglaterra era odiado por todos, menos pelos adeptos do United. Agora provavelmente muitos destes estarão descontentes com esta "deserção". Em Espanha e em Itália, daquilo que vou lendo e das conversar que vou tendo, predomina a ideia que é muito arrogante e a maioria das pessoas não gosta dele. Em Portugal também penso que não vá ganhando fãs com declarações a dizer que é o único que se esforça na selecção, ou com os festejos cheio de arrogância quando marcou contra o Sporting em Manchester no ano passado, ou com as declarações a dizer que lhe deu gozo marcar ao futebol corruptos do porto, e muitos benfiquistas ainda se lembram como se despediu quando foi substiuído no estádio da luz, num jogo contra o glorioso. Enfim, está em todas.

Por outro lado, a Liga Espanhola passa para número um no interesse mundial. Já que junta os dois últimos bolas de ouro (Káká e C.Ronaldo), com o próximo (Messi). A melhor equipa de de sempre (o Barça de Guardiola) com a equipa mais cara de sempre (Real Madrid). O próximo Barça-Real será o mais escaldante desde o primeiro regresso de Figo ao Camp Nou com a camisola branca.

Finalmente, deixando o mais importante para o fim, a transferência vai ser péssima para mim (e para os portugueses que vivam em Barcelona). Se já era mau ser português como o "pesetero" Figo, piora agora com o "arrogante" Cristiano Ronaldo. Sempre que conhecemos alguém e dizemos que somos portugueses os catalães ficam logo de pé atrás. Imaginem uma entrevista para emprego: "Ah eres portugues! Bueno, entonces te pregunto se el Real Madrid de oferece un contrato te vas?". Ou então "Ah eres portugues, bueno entonces seguramente piensas que eres el mejor del mundo y pasas de tus compañeros", o que me leva ao terceiro português que também é bastante mal visto por aqui: the special one. Menos mal que o bom do Mourinho recusou o Real Madrid, senão acho que começavam a expulsar tugas de Barcelona.

Pode parecer que estou a exagerar, mas quando o Barça ganhou a champions e fui ver os festejos tive de apanhar mais do que uma vez com o cântico "ese portugués hijo de p*** es" (presumo que não fosse para mim). E nem sequer estava no Real. Imaginem agora.

martedì 19 maggio 2009

Bologna-Il ritorno- Parte I

Bologna è sempre Bologna.

Nell primo weekend di Maggio sono tornato a Bologna per la setima volta. Peró questa volta c'era una motivazione speciale. C'era "l'appuntamento ex-erasmus" a Bologna. Avevo visto già molti ex-erasmus in altre città, però era la prima volta che trovavo un gruppo cosí grande e sopratutto, un gruppo cosí grande a Bologna. Però cominciamo dall'inizio:

Venerdi mattina, 1 maggio, avevo fatto l'appuntamento con Ares e David nella fermata di autobus che ci portava a Girona. Tutti due sono arrivati verso le 9h20. Ares di metro, David de aereo+treno. Io sono arrvato un po' prima con il mio amico Xavi (che non è un ex-erasmus però andava a visitare un amico attualmente in Erasmus).

Però quando siamo arrivati a Girona, Ares aveva un piccolo problema: se aveva dimenticato dello folgio con il suo biglietto. Se no lo sapete, adesso se deve pagare 20€ se hai già fatto il check-in online e non hai portato il biglietto. Dunque Ares non ha fatto altro che usare la sua esperienza d' Erasmus per trovare un modo di non pagare nulla. E ce l'ha fatta. Ha chiesto, ad una persona che lavorava in un ufficio la cortesia di stampare il biglietto un'altra volta. Problema risolto.

Alcuni minuti dopo ci ha ragiunto Helena che quasi non arrivava perchè la sua macchina...ha avuto tempi migliori e non aveva molta voglia di "lavorare".

Poi il momento "questo mondo è piccolo": Con Helena c'era anchè Joan ed il suo grupo musicale. Di questo grupo fa parte un amico della mia coinquilina attuale. Loro andavano a Bologna per fare un paio di concerti. Quindi avevamo praticamente una escursione salindo di Girona verso la cittá rossa.Il viaggio è stato tranquilo. Ci abbiamo raccontato qualche storie. Una molto importante, il documentale sul Alessandro il Grande che Helena aveva visto mentre facceva la colazione (questa è una "private joke").

Quando siamo arrivati Bologna faceva un caldo della Madonna. Va be, magari non cosí tanto, però c'era il caldo. Abbiamo preso l'aerobus verso il centro e qui cominciamo ogni uno uscire dove conveniva per andare al suo hotel.

Io e David siamo usciti nella stazione e dovevamo caminara una vintena di minuti per arrivarci (magari 15) al Hotel. Abbiamo cominciato a caminare verso l'hotel, peròòòò nessuno dei due aveva l'indirizzo:

Io: David, ce l'hai stampato l'indirizzo del hotel?
David: Non c'era bisogno. Ce l'ho il mapa in testa! E so il nome dell'hotel
Io: hahaha. Va be...proviamo.

Non c'è bisogno di dire che abbiamo fatto un giro piú grande di quell che c'era bisogno...però domandando ce l'abbiamo fatta. Dai abbiamo fatti da turisti (nella cittá dove abbiamo vissuti un anno).

E poi l'hotel era ottimo. Sopratutto per la relazione qualitá/prezzo: vedete voi qui:


Poi siamo andati al centro per fare una passeggiata. Abbiamo fatto via dell'indipendenza, siamo andati a "Venezia" e con il caldo che faceva solo potevamo fare una cosa: gellato del Gianni!! Il miglior gelatto del mondo1!! (ok, c'è qualcuno che preferisce la gelatteria della via castiglione, però era troppo lontana).
E seduti fianco al Gianni, abbiamo aspetato le ragazze: Helena, Anna, poi Els, Olatz e Sara! Una festa di ricontro! E cosi mentre parlavamo di tutte le novitá siamo andati in Piazza Nettuno, Piazza Maggiore e la mitica Piazza Santo Stefano.

Alcuni di noi siamo andati in seguito al concerto di Joan in un Parco che non conoscevo vicino al PAM de via Marconi, non mi ricordo il nome. Com'era il 1 Maggio c'eranno molti concerti quel giorno.
Finito il concerto, un'altra passegiatta per trovare un posto per l'aperitivo. Alle fine ci siamo seduti nella terazza del "Marselino" in via Marsala pper bere un po' di vino.
Dopo l'aperitivo dovevamo trovare un posto per cenare. Olatz si a ricordato del "Ducale" in via Oberdan e siamo andati di lá. Un po' prima ci hanno raggiunto Carmen e Juan.

La cena è andata abbastanza bene e ci hanno offerto limoncello nel finale. Io ho mangiato la tipica tagliatella al ragú.
La "fermata" seguente è stata ancora via Marsala. Siamo rimasti li bevendo un paio di birre e ascoltando un spetacolo di "stand-up comedy" che facevano proprio nel "Marsalino".
Come stavamo molto vicino al Corto Maltese, abbiamo deciso di andarci, però siamo rimasti all'inizio del locale perchè dentro c'era troppo rumore (probablimenti segni dell'età). Comunque ci siamo divertito abbastaze e questa volta ci ricordiamo di tutta la sera (no so com'era per gli altri, però io spesso solo aveva qualche "flash" di quello che sucedeva nella sera prima).
A questo punto era già un po' tarde e siamo rimasti solo io e David, continuando a ritrovare la serata a Bologna. Siamo andati al English Empire in Via Zamboni, per una birra (e anché per mangiare) e poi a vedere com'era il Soda Pops (tanti ricordi), l'altro bar mitico di Bologna. Vi posso dire che...era pienissimo. E c'era una cosa strana. Non aveva il fumo delle sigarette!! E poi siamo tornati a Hotel "Fashion Design" che era "quasi a Modena".

Nella domenica, è stato un giorno perfetto. Totalmente relax il giorno. Siamo andati in centro io e David e totalmente per caso, dopo un piccolo giro nel Mercato di Montagnola, abbiamo trovato a Ares, Olatz e Leire in una terrazza in Via Augusto Righi (una travessa di Via dell'Indipendenza, circa la Nutelleria). Ci siamo seduti per tre ore io e David. Sono arrivati gli altri mentre uscivano le prime.abbiamo cominciato con il Capuccino e siamo finiti con...la birra.


Devo dire adesso che sto provando di mettere piu foto, però non ce la faccio. No me lascia il blog...probabilmente sono arrivato al limite.

Continuando, dopo pranzare qualcosa in centro, alcuni sono andato ai Giardini Margherita per continuare il "dolce fare niente". C'era un sole incredibile e ci stava bene! Gli altri sono divisi tra salire alla torre e "la siesta" o tutti i due.

To be Continued

giovedì 14 maggio 2009

As voltas que a história dá...


Faço já um pré-aviso: este é o meu post mais ambicioso: Aborda História, Futebol e Política. Tudo no contexto daquilo a que nós, os tugas, chamamos de Espanha. Quem nao estiver interessado em nenhum destes prismas pode ver as fotos dos futebolistas (ok chicas, já sei que nao pus o Cristiano Ronaldo).

Como sabem, ou deveriam saber, ontém realizou-se a final da Taça do Rei de Espanha. Nesta final encontraram-se os dois clubes que mais vezes venceram este trofeu. Aproximadamente 25 cada uma. Sao portanto as duas grande potências da competiçao.

No entanto, apesar de entre as duas terem vencido cerca de metade dos trofeus em disputa, ambas já estavam há algum tempo sem festejar uma vitória. O Barça desde 1998 (com o Figo a capitao) e o Athletic desde 1984, num jogo polémico e famoso em todo o mundo, porque acabou com cenas de pancadaria entre todos os jogadores, com Maradona e Goicotxea como protagonistas .

Apesar da ultima final ter sido como foi. O espirto para este jogo era completamente diferente. Apesar de nos anos 50 o principal rival do Barça ser o Athletic (li num jornal catalao, por isso deve ser verdade), hoje em dia os adeptos de ambos os clubes estao em sintonia, porque a maioria é contra a monarquia e uma grande parte contra Espanha. Este sentimento deve-se sobretudo ao Franquismo e ao seu regime de opressao às linguas catala e basca (era proibido falar estas linguas), numa tentativa de unir a Espanha à força. O resultado está à vista.

Em Bilbao, sobretudo, a expectativa era muita. Para dar dois exemplos: 20 mil adeptos foram ao ultimo treino da equipa e estavam 40 mil em Valência, cidade onde se realizou a final. Isto apesar de só metade ter bilhete. Penso que se houvesse 100 mil bilhetes disponíveis, os bascos lotavam o estádio na mesma (e Bilbao tem cerca de 400 mil habitantes, para terem uma ideia).

Em Barcelona, o entusiasmo era bastante menor, porque o mais importante ainda está por chegar...Campeonato e Champions. Mas o objectivo de uma inédita tripla (ganhar os 3 títulos) dava uma motivaçao extra para o jogo.

Marcou primeiro o Athletic, mas o Barça mostrou de seguida porque é que é a melhor equipa da década e uma das melhores da história e marcou 4 golos. Ver o Barça a jogar e depois ir ver o Benfica de Quique é realmente deprimente. É como ir ver a Catedral de Sao Pedro e depois ir ver uma igrejazita de Aldeia. Sao mundo diferentes.


O mais marcante do que se passou ontem á noite foi:
-O incrível apoio que os adeptos bascos deram ao Ahtletic. Mesmo a perder 4-1 nao deixavam de incentivar os jogadores e gritar que nem uns desalmados (se bem os conheço, a quantidade de alcool que devem ter bebido por Valência durante o dia todo também deve ter ajudado).
- A enorme assobiadela que praticamente todo o estádio deu ao hino espanhol. Nao foi surpresa, mas é sempre embaraçoso que um hino seja assobiado no próprio país, perante o chefe de estado, pelos próprios cidadaos desse país. Sao ainda feridas do Franquismo, mas curiosamente muita gente nem sequer tinha nascido quando caiu Franco. Lembrei-me agora mesmo que em Portugal estao a fazer do Salazar um garanhao do século XX, através de uma série. Isto depois de ter sido votado o Português do século. Enfim...

Nao deixa de ser curioso que assobiem o gajo que tem o nome da taça. Mais coerente seria boicotar os jogos. Mas tudo bem.

Agora passo a parte que dá origem ao titulo deste post. Contar-vos como a história de 5 clubes espanhóis estao interligados: Athletic Bibao, Atletico de Madrid, Barcelona, Espanyol e Real Madrid.

O F.C.Barcelona foi fundado por um suiço e no seu inicio as suas equipas eram constituidas maioritariamente por estrangeiros. Actualmente tem como grande rivais o Real Madrid e o Espanyol de Barcelona. Hoje em dia funciona como símbolo da Catalunya.

O Athletic de Bilbao foi fundado por um inglês e 32 bascos. Ou seja, apesar de actualmente só poderem jogar na equipa, futebolistas nascidos no País Basco, ou formados no clube, na sua génese há um "camone". É o grande simbolo do País Basco (logo depois do kalimotxo). Tem como rival a Real Sociedad (também do País Basco), mas na primeira metade do século era o Barcelona, por causa das Taças do Rei.

O Atletico de Madrid foi fundado por estudantes bascos em Madrid. Por isso o símbolo parecido e as cores da camisola iguais. Tem por isso duas razoes para ser rival do Real Madrid.

O Espanyol de Barcelona tem a sua fundaçao directamente ligada com a existência do Barça. Um grupo de jovens, junta-se porque queria formar uma equipa que tivesse apenas jogadores espanhoís, ao contrário do que acontecia com o Barça, que tinha ingleses e suiços. Deduzo que fossem praticamente só jogadores catalaes. Ou seja, foi formado por catalaes para jogarem catalaes. Agora tem como rival o Barça e é bastante mal visto em Barcelona e na Catalunya, porque é conotado com o Franquismo.

O Real Madrid., e aqui entao a ironia é suprema, foi fundado por dois irmaos catalaes...de Barcelona: Juan Padrós e Carlos Padrós. Ok se fossem catalaes à seria seriam Joan e Carles. Mas a verdade é essa. Actualmente tem como rivais o Barça e o Atletico de Madrid.

E no fundo era aqui que queria chegar. Esta lenga lenga toda foi só para dizer que é irónico que o Barça, sendo actualmente a grande bandeira da Catalunya, ter sido fundado por um estrangeiro, e que os seus principais rivais tenham sido fundados por catalaes!

martedì 28 aprile 2009

Actualidade Politica


Uma das vantagens para vocês de eu estar em Espanha (para além da estadia grátis), é o facto de eu poder sempre actualizar-vos em relaçao ao que se passa aqui na terra das "tapas". O post de hoje é só para chamar a atençao para a actualidade politica em Espanha. Já foram vários os posts sobre a actualidade económica-social (para aí 2), agora viro-me para a actualidade politica.

Entao falemos de actualidade politica. Aquilo que tem tido destaque nestes dias e sobre o "rendez-vous" entre a Letizia e a Carla Bruni (o facto de o Sarkosky ter vindo a Espanha é simplesmente um "fait-divers" (e com esta já sao duas francesadas que escrevo no posto). Qual das duas a que tem mais charme, mais glamour, elegância ou, como se pode ver nesta foto, o melhor...vestido?

Eu acho que é um empate técnico. Alguém discorda?

domenica 26 aprile 2009

São Nuno


Finalmente fez-se justiça! Já sou oficialmente um santo!

lunedì 20 aprile 2009

Newcastle-Upon-Tyne


Eu e os meus primos Charlie e Harriet, com a Tyne Bridge como pano de fundo


No fim-de-semana de Páscoa fui para a cidade que todos gostariam de ir nesta altura do ano. Já advinharam, é isso mesmo, fui a Newcastle.

O que vocês nao devem saber é que o nome completo desta cidade do norte de Inglaterra é Newcastle-Upon-Tyne. A origem do nome é bastante dificil de explicar, mas há quem diga que baseou-se num castelo novo, construído ao pé do rio Tyne. Tenho as minhas sérias dúvidas.

No entanto, para ser mais preciso, a maior parte do tempo passei-o em Gateshead, que está para Newcastle como Gaia para o Porto. Gateshead foi o meu poiso habitual, porque tenho lá familia e foi essa a razao da minha visita a este canto da Europa.

Durante a minha estadia por Inglaterra, fui também a Durham, que é uma pequena cidade mediaval perto de Newcastle, com uma das mais prestígiadas Universidades do país, depois de Oxford e Cambridge. Os ponto turísticos mais famosos sao a Catedral e o Castelo. O Castelo serve de aposentos para alguns dos estudantes universitários (parece saído de uma história do Harry Potter...aliás acho que há cenas filmadas na Catedral de Durham). Neste Castelo encontra-se nada mais, nada menos do que a cozinha em funcionamento mais antiga do mundo, com vários séculos (nao esperem que me lembre quantos...sao muitos, pronto). Na vistita turística é sempre um estudante que faz de guia. A estudante que nos calhou em sorte tinha o curioso habito de começar e acabar com todas as frases com a bengala "Hmm, ok than".

Catedral Durham

Os dois grandes símbolos de do Nordeste Inglês: "Angel of the North" e a "Tyne Bridge".

Angel of the North

Uma história curiosa. No dia seguinte ao que cheguei acabei por ir jantar a casa dos pais da companheira do meu primo, porque nesse dia iam encontrar-se pela primeira vez pais dela e os pais da namorada do irmao dela (perceberam? leiam outra vez entao). Ou seja estava num jantar de familia relativamente formal, sendo que nao era de nenhuma das familias. Eu era o primo estrangeiro do companheiro da irma do namorado da filha daquela familia...nao sei se estao a ver o filme! Foi no entanto um final de tarde/noite bem passado. Só havia o problema de eu nao perceber quase nada do que um deles dizia, porque tinha um sotaque nortenho muito acentuado (a roçar o sotaque escocês).

Fui também a um museu de arte conteporânea. O museu era grátis e ainda hoje acho que devia pedir o meu dinheiro de volta! Eu também posso ser um artista moderno...é só fazer uma baboseira qualquer e dizer que é uma instalaçao. Enfim...

Espero que com isto tenham ficado com a curiosidade de ir a Newcastle, pois é uma cidade com alguma coisa para ver, sobretudo nos arredores.

lunedì 13 aprile 2009

10


Quando a diferença entre 1 e 10 é zero.

sabato 21 marzo 2009

Found You


Esta semana, para pagar uma aposta perdida fui a um restaurante de fondue, ou como escreveve quem ganhou à aposta :“Found You”.

O restaurante ao fim-de-semana está sempre cheio e é preciso fazer reserva, por isso a aposta que já tinha sido perdida há mais de um mês só foi paga agora.

Para garantir que tinhamos mesa, telefonei a reservar uma. E fiz bem, porque durante o tempo que lá estivemos só havia 50 lugares livres. Fiz bem em não correr riscos, até porque como a mesa estava reservada, não nos foi possível escolher outra!

Outra coisa que correu bem, foi o facto de só se poder fondue de carne indicando-o na reserva, o que obviamente não foi feito.

Acabámos por comer raclette que é parecido. Para acompanhar escolhemos umas gambas e jamón, para além da batata, pickles, pão e queijo.

A melhor parte deste prato é que somos nós que o cozinhamos. Foi curioso, nao só perdi a aposta e tive de pagar o jantar no restaurante, como tive de cozinhar a minha comida quando é normalmente a grande vantagem de ir a um restaurante é pecisamente nao ter de cozinhar. Ok, eu sei que se fosse comer fondue também seria eu a cozinhar, mas o raclette é algo bem mais elaborado e que envolve alguma concentraçao e rapidez.

Nao sei se foi no espirito da coisa, mas também nao nos serviram o vinho quando foi aberto. Era portanto um sitio de classe. E fiz questao de mostar o apreço na gorjeta que (nao) deixei.

Para os fas de Seinfeld: lembram-se da ideia brilhante que teve uma vez o Kramer? A de abrir uma pizzaria em que era o cliente que fazia a pizza? Afinal nao era tao disparatada quanto poderia parecer.

Devo, no entanto, dizer que a comida soube mesmo bem. Mas nao é algo que se deva fazer durante a semana quando se está cansado. Na próxima aposta, quem perder cozinha o raclette, no mesmo restaurante (custa mais cozinhar do que pagar o jantar).

sabato 28 febbraio 2009

Post decente desse nome sobre a viagem a Dublin



E cá estou eu a tentar cumprir mais uma promessa. Nao vai ser fácil, até porque nao estou nada inspirado (isto partido do princípio que algum dia estou).

Do que mais gostei em Dublin, foi a a fábrica da Guiness e o Temple Bar. Curiosamente, ou talvez nao, o ponto em comum entre os dois é a grande quantidade de Guiness que se consome por nesses locais.

A Fabrica da Guiness permitiu nao só conhecer o processo de fabrico da tao afamada jola, como também deu para perceber como a cerveja foi sendo publicitada ao longo dos anos. Uma das acçoes mais espantosas envolveu lançarem milhares de garrafas vazias ao mar com uma mensagem (que já nao me lembro o que era, ajudas-me Leo?).

Serviu também para conhecer a história dos Recordes do Guiness. Basicamente em 1951, depois de uma caçada, o director administrativo da Guiness envolveu-se numa discussao sobre qual seria a ave de caça mais rápida da Europa. Como nao havia forma de confirmar quem tinha razao, lembrou-se que podia criar um livro que tivesse este tipo de informaçao (in)útil. Quatro anos depois, naquele que cosidero ser o melhor dia do ano (27 de agosto) foi publicada a 1ª ediçao.

Uma das coisas básicas que define um bom empreendedor, é o facto de ter uma Visao. Ora Arthur Guiness (o fundador da empresa), é dos gajos com maior visao de sempre. Nao é que este senhor fez um contrato de arrendamento de 9000 anos!!! Isso mesmo: nove mil anos por um terreno enorme, com acesso à àgua da cidade. Já só faltam 8750 para acabar o contrato.

O Temple Bar é uma zona ao pé do rio, com vários pubs, visitada por turistas e locais. Curiosamente é o nome de mais do que um bar! O que deve provocar alguns desencontros. Já dá para imaginar a conversa:

Bono: Entao meu, onde é que estás?
James Joyce: Tou no Temple Bar, vem cá ter.

10 min depois...

James Joyce: Entao bacano, nunca mais chegas!
Bono: Eu já tou no Temple Bar, mesmo à porta!
James Joyce: Nao, desculpa eu é que tou à porta do Temple bar!
Bono: Nao, eu é que tou...


E esta conversa demora, mais ou menos tempo, dependendo da quantidade de "Pints" que ambos beberam. Mas cá para mim o Bono bebeu mais, porque o James Joyce já morreu.

Outra coisa boa de Dublin, é que é das melhores cidades para se viver, quando se é alérgico ao Sol e ao calor!

Nao me posso esquecer de referir que os irlandeses sao pessoas bastante simpáticas, e nao acho que seja só pela quantidade de alcool que bebem. Por exemplo logo que chegámos, eu e o Leo estávamos a olhar para o mapa para ver que direcçao iriamos tomar, e logo uma senhora de uns 60 e tal anos prontificou-se para nos ajudar. Pouco depois o táxista que nos levou à casa do Ferdi entrou em enorme cavaqueira com o Leo. Pena que nos tivesse deixado a 1 Km do sitio onde devia!

giovedì 26 febbraio 2009

Os meus 15 minutos de fama (ou nem isso)

Como já deverao saber, fui entrevistado recentemente para a "Outlook", que é o suplemento do "Semanário Económico". Sempre pensei que a primeira vez que fosse entrevistado a honra caberia ao "A BOLA" ou ao "Record", para pedirem a minha opiniao sobre o Benfas, mas isso surpreendentemente nao aconteceu!

Como o espaço que tinham era pouco para aquilo que escrevi, passo a postar, em exclusivo, a versao original da entrevista, na integra e sem encargos adicionais!

Claro está que esta semana houve um recorde de vendas no jornal!

Cá vai:


"Há quanto tempo aì estás?

Desde Outubro de 2007

- O que fazes e em que empresa trabalhas?

Trabalho no departamento administrativo-financeiro da Giesse Group Ibéria. Sob a supervisao da directora financeira sou responsável pelas tarefas administrativo-financeiras da sucursal em Portugal.

- Como é o teu dia de trabalho?

Entro normalmente às 8h30 na empresa e saio por volta das 18h00. Sendo o ponto de contacto em Espanha estou em permanente comunicaçao com o Departamento Comercial de Portugal, assim como com clientes, fornecedores e bancos. Como a empresa está em fase de reestruturaçao existem diversos desafios interessantes no meu dia-a-dia.

- Como ocupas os tempos livres?

Durante a semana tento jantar fora pelo menos uma vez e sempre que posso jogo futebol com um grupo de portugueses emigrantes como eu (segundo dados de várias fontes somos cerca de 20 mil, número que nao me custa acreditar). Gosto de ir ao cinema e de sair no meu bairro (o tradicional bairro de Grácia) para beber um copo ou apenas para passear depois do jantar (sobretudo no verao). Estou também inscrito num ginásio, mas nos ultimos meses tenho faltado.

Ao fim-de-semana, gosto de passear pela cidade, sobretudo de bicicleta, mas também a pé pelos bairros mais típicos "El Born", "Bairro Gótico" e "Grácia". Saidas ou festas em casa de amigos sao habituais nas noites de fim-de-semana. Uma vez por mês tento fazer uma viagem de fim-de-semana para fora de espanha, aproveitando as viagens low-cost. No verao a praia é ponto obrigatório, mas nao as de barcelona cidade, pois prefiro fugir da confusao e ir para praias dos arredores, mais vazias e limpas.

-O que mais gostas na cidade?

Qualidade de vida, bom sistema de transportes, arquitectura (adoro os edificios de Gaudi), o facto de ter mar (apesar de nao ser o atlântico) e de ter um clima como o de lisboa e o bairro onde vivo: Grácia

- O que menos gostas?

O que menos gosto é nao poder ir "Catedral" para ver o "Glorioso". Tudo bem que o barça tem a melhor equipa do mundo neste momento, mas nao é o maior! Mais a sério, a cidade em si é perfeita para se viver. Aquilo que poderia melhorar é a qualidade de serviço na restauraçao. Talvez por haver muita gente e uma populaçao circulante muito elevada, penso que nao faz grande diferença para o negócio terem aquela simpatia especial que estamos habituados em Portugal. Claro que existem excepçoes, mas é essa a sensaçao que eu e outros portugueses partilhamos.

- Quais as principais diferenças em relação a Portugal (e à tua cidade de origem, que não sei qual é)?

Em relaçao a Lisboa penso que a principal diferença é que na capital alfacinha trabalha-se, enquanto que em barcelona vive-se. O que quero dizer com isto é que as pessoas normalmente moram fora de Lisboa e depois do trabalho deixam a cidade vazia. Há cerca de 20 anos viviam 1 milhao de pessoas em Lisboa, agora apenas 600 mil. Isto afecta enormemente a qualidade de vida das pessoas, pois demoram mais tempo para deslocar-se para o trabalho, saindo mais cedo e chegando mais tarde a casa. E mesmo depois, quando se quer sair para dar uma volta, ou usa-se o carro para ir a algum lado ou está-se "encalhado", pois nos bairros dormitórios dos arredores de Lisboa nao existe muita oferta. Nem que seja para beber um café. Em Barcelona acontece o contrário. A maioria das pessoas vive no centro, o que permite poupar tempo, por um lado, e por outro qualquer pessoa pode sempre sair de casa e dar uma volta, sem ter a sensaçao que está numa cidade fantasma encontrando sempre muitas pessoas nas ruas e vários bares e cafés abertos. É também muito mais fácil deslocar-se dentro da cidade de transportes públicos a qualquer hora do dia ou noite.

Outra grande diferença é a de tratamento entre as pessoas. Aqui trata-se toda a gente por "tu", salvo raras excepçoes. Este tipo comunicaçao penso que agiliza as conversas. Em Portugal dá-se mais enfâse à aparência e aos formalismos do que a essência das coisas. A primeira coisa que me disseram no meu primeiro trabalho em Barcelona foi "Nao precisas de trazer a gravata, só trabalho".

No entanto a nossa comida é muito melhor! Aqui é tudo à base de fritos, o que nao é saudável e até torna-se um bocado monótono."



P.S. Se clicarem na foto ela aumenta e dá para ler a entrevista
P.S.2 As cores da entrevista (amarelo e vermelho) sao uma homenagem às cores da Catalunya (ou às de Espanha, depende de quem ler)