sabato 28 febbraio 2009

Post decente desse nome sobre a viagem a Dublin



E cá estou eu a tentar cumprir mais uma promessa. Nao vai ser fácil, até porque nao estou nada inspirado (isto partido do princípio que algum dia estou).

Do que mais gostei em Dublin, foi a a fábrica da Guiness e o Temple Bar. Curiosamente, ou talvez nao, o ponto em comum entre os dois é a grande quantidade de Guiness que se consome por nesses locais.

A Fabrica da Guiness permitiu nao só conhecer o processo de fabrico da tao afamada jola, como também deu para perceber como a cerveja foi sendo publicitada ao longo dos anos. Uma das acçoes mais espantosas envolveu lançarem milhares de garrafas vazias ao mar com uma mensagem (que já nao me lembro o que era, ajudas-me Leo?).

Serviu também para conhecer a história dos Recordes do Guiness. Basicamente em 1951, depois de uma caçada, o director administrativo da Guiness envolveu-se numa discussao sobre qual seria a ave de caça mais rápida da Europa. Como nao havia forma de confirmar quem tinha razao, lembrou-se que podia criar um livro que tivesse este tipo de informaçao (in)útil. Quatro anos depois, naquele que cosidero ser o melhor dia do ano (27 de agosto) foi publicada a 1ª ediçao.

Uma das coisas básicas que define um bom empreendedor, é o facto de ter uma Visao. Ora Arthur Guiness (o fundador da empresa), é dos gajos com maior visao de sempre. Nao é que este senhor fez um contrato de arrendamento de 9000 anos!!! Isso mesmo: nove mil anos por um terreno enorme, com acesso à àgua da cidade. Já só faltam 8750 para acabar o contrato.

O Temple Bar é uma zona ao pé do rio, com vários pubs, visitada por turistas e locais. Curiosamente é o nome de mais do que um bar! O que deve provocar alguns desencontros. Já dá para imaginar a conversa:

Bono: Entao meu, onde é que estás?
James Joyce: Tou no Temple Bar, vem cá ter.

10 min depois...

James Joyce: Entao bacano, nunca mais chegas!
Bono: Eu já tou no Temple Bar, mesmo à porta!
James Joyce: Nao, desculpa eu é que tou à porta do Temple bar!
Bono: Nao, eu é que tou...


E esta conversa demora, mais ou menos tempo, dependendo da quantidade de "Pints" que ambos beberam. Mas cá para mim o Bono bebeu mais, porque o James Joyce já morreu.

Outra coisa boa de Dublin, é que é das melhores cidades para se viver, quando se é alérgico ao Sol e ao calor!

Nao me posso esquecer de referir que os irlandeses sao pessoas bastante simpáticas, e nao acho que seja só pela quantidade de alcool que bebem. Por exemplo logo que chegámos, eu e o Leo estávamos a olhar para o mapa para ver que direcçao iriamos tomar, e logo uma senhora de uns 60 e tal anos prontificou-se para nos ajudar. Pouco depois o táxista que nos levou à casa do Ferdi entrou em enorme cavaqueira com o Leo. Pena que nos tivesse deixado a 1 Km do sitio onde devia!

giovedì 26 febbraio 2009

Os meus 15 minutos de fama (ou nem isso)

Como já deverao saber, fui entrevistado recentemente para a "Outlook", que é o suplemento do "Semanário Económico". Sempre pensei que a primeira vez que fosse entrevistado a honra caberia ao "A BOLA" ou ao "Record", para pedirem a minha opiniao sobre o Benfas, mas isso surpreendentemente nao aconteceu!

Como o espaço que tinham era pouco para aquilo que escrevi, passo a postar, em exclusivo, a versao original da entrevista, na integra e sem encargos adicionais!

Claro está que esta semana houve um recorde de vendas no jornal!

Cá vai:


"Há quanto tempo aì estás?

Desde Outubro de 2007

- O que fazes e em que empresa trabalhas?

Trabalho no departamento administrativo-financeiro da Giesse Group Ibéria. Sob a supervisao da directora financeira sou responsável pelas tarefas administrativo-financeiras da sucursal em Portugal.

- Como é o teu dia de trabalho?

Entro normalmente às 8h30 na empresa e saio por volta das 18h00. Sendo o ponto de contacto em Espanha estou em permanente comunicaçao com o Departamento Comercial de Portugal, assim como com clientes, fornecedores e bancos. Como a empresa está em fase de reestruturaçao existem diversos desafios interessantes no meu dia-a-dia.

- Como ocupas os tempos livres?

Durante a semana tento jantar fora pelo menos uma vez e sempre que posso jogo futebol com um grupo de portugueses emigrantes como eu (segundo dados de várias fontes somos cerca de 20 mil, número que nao me custa acreditar). Gosto de ir ao cinema e de sair no meu bairro (o tradicional bairro de Grácia) para beber um copo ou apenas para passear depois do jantar (sobretudo no verao). Estou também inscrito num ginásio, mas nos ultimos meses tenho faltado.

Ao fim-de-semana, gosto de passear pela cidade, sobretudo de bicicleta, mas também a pé pelos bairros mais típicos "El Born", "Bairro Gótico" e "Grácia". Saidas ou festas em casa de amigos sao habituais nas noites de fim-de-semana. Uma vez por mês tento fazer uma viagem de fim-de-semana para fora de espanha, aproveitando as viagens low-cost. No verao a praia é ponto obrigatório, mas nao as de barcelona cidade, pois prefiro fugir da confusao e ir para praias dos arredores, mais vazias e limpas.

-O que mais gostas na cidade?

Qualidade de vida, bom sistema de transportes, arquitectura (adoro os edificios de Gaudi), o facto de ter mar (apesar de nao ser o atlântico) e de ter um clima como o de lisboa e o bairro onde vivo: Grácia

- O que menos gostas?

O que menos gosto é nao poder ir "Catedral" para ver o "Glorioso". Tudo bem que o barça tem a melhor equipa do mundo neste momento, mas nao é o maior! Mais a sério, a cidade em si é perfeita para se viver. Aquilo que poderia melhorar é a qualidade de serviço na restauraçao. Talvez por haver muita gente e uma populaçao circulante muito elevada, penso que nao faz grande diferença para o negócio terem aquela simpatia especial que estamos habituados em Portugal. Claro que existem excepçoes, mas é essa a sensaçao que eu e outros portugueses partilhamos.

- Quais as principais diferenças em relação a Portugal (e à tua cidade de origem, que não sei qual é)?

Em relaçao a Lisboa penso que a principal diferença é que na capital alfacinha trabalha-se, enquanto que em barcelona vive-se. O que quero dizer com isto é que as pessoas normalmente moram fora de Lisboa e depois do trabalho deixam a cidade vazia. Há cerca de 20 anos viviam 1 milhao de pessoas em Lisboa, agora apenas 600 mil. Isto afecta enormemente a qualidade de vida das pessoas, pois demoram mais tempo para deslocar-se para o trabalho, saindo mais cedo e chegando mais tarde a casa. E mesmo depois, quando se quer sair para dar uma volta, ou usa-se o carro para ir a algum lado ou está-se "encalhado", pois nos bairros dormitórios dos arredores de Lisboa nao existe muita oferta. Nem que seja para beber um café. Em Barcelona acontece o contrário. A maioria das pessoas vive no centro, o que permite poupar tempo, por um lado, e por outro qualquer pessoa pode sempre sair de casa e dar uma volta, sem ter a sensaçao que está numa cidade fantasma encontrando sempre muitas pessoas nas ruas e vários bares e cafés abertos. É também muito mais fácil deslocar-se dentro da cidade de transportes públicos a qualquer hora do dia ou noite.

Outra grande diferença é a de tratamento entre as pessoas. Aqui trata-se toda a gente por "tu", salvo raras excepçoes. Este tipo comunicaçao penso que agiliza as conversas. Em Portugal dá-se mais enfâse à aparência e aos formalismos do que a essência das coisas. A primeira coisa que me disseram no meu primeiro trabalho em Barcelona foi "Nao precisas de trazer a gravata, só trabalho".

No entanto a nossa comida é muito melhor! Aqui é tudo à base de fritos, o que nao é saudável e até torna-se um bocado monótono."



P.S. Se clicarem na foto ela aumenta e dá para ler a entrevista
P.S.2 As cores da entrevista (amarelo e vermelho) sao uma homenagem às cores da Catalunya (ou às de Espanha, depende de quem ler)

domenica 22 febbraio 2009

Urucubaca


Só pode ser Urucubaca*. Só isto explica os acontecimentos dos últimos tempos!

E com isto entra mais uma palavra para o vosso vocabulário. Este é também o blog didáctico.


*URUCUBACA. Ou cafife, ou caiporismo, ou azar, ou sorte mesquinha, ou sorte torcida, ou má sorte, significa, como o próprio nome está dizendo, a falta de sorte no que a pessoa faz. A palavra urucubaca vem de urubu – ave de mau agouro e cumbaca, um peixe azarento que, se pescado estraga o dia do pescador. Para a pessoa se livrar da urucubaca, nada como dar uma pancada em qualquer móvel de madeira com as costas dos dedos da mão direita.


P.S. Já tenho as costas dos dedos da mao direita em sangue!