Onde está...o pão?

Ser emigrante implica normalmente alguns sacrifícios. Uns mais difíceis de engolir do que outros.

No meu caso, o mais difícil de engolir é mesmo o pão. O pão aqui não vale nada. Já em Itália era a mesma história. É que nem numa padaria se vê pão de jeito. Pode parecer trivial, mas é que às vezes apetece-me comer uma "sande" de queijo, mas eles aqui só vendem baguetes e outros pseudo-pães...não percebo.

No outro dia estava uma amiga toda contente porque tinha encontrado "pão à séria". Fiquei esperançado e comecei a imaginar a minha vida a mudar daqui para a frente: comer pão ao pequeno-almoço (claro que para isso convinha acordar mais cedo e não estar sempre atrasado para o trabalho), ou quando tivesse fome antes de ir deitar, ao lanche...enfim, sempre que se proporcionasse. No entanto, porém, todavia...aconteceu a desilusão. O pão era realmente acima da média, mas muito abaixo das expectativas. A côdea tinha um bom nível, só que praticamente não tinha miolo, e eu sou muito mais miolo do que côdea.

Por isso um apelo aqui de barças, mandem-me pão pelo correio. É que mesmo pão de 3 dias acho que é melhor do que o que encontro por aqui!

Viagem a Mallorca

Há alguns dias atrás (mais de um mês) estive em Mallorca. E antes que me comecem a insultar, porque estou sempre a viajar, leiam até ao fim.

Num sábado à tarde, a meados de Janeiro, estava por mero acaso a passear pela Grácia (que é o bairro onde vivo) e reparámos (eu e mais duas pessoas que estavam comigo...acho que eram duas, mas como já foi há um mês não tenho a certeza) que numa das muitas praças que tem o bairro, estavam a preparar festa. Havia várias fogueiras semi-prontas (montes de lenha bem arrumados), caixas de vinho, comida, mesas corridas de madeira, etc.

Perguntamos a alguém que festa é que ia haver e disseram-nos que eram as festas de Sant Antoni. Estas festas são tradicionais em Mallorca, no entanto os mallorquinos que vivem em Barcelona importaram a festa para o bairro da Grácia.

O plano ficou feito, para esse sábado, jantar qualquer coisa e ir para a rua ver festa. Quando chegámos vimos as fogueiras cheias de chouriço a assar, montes de gente de todas as idades a encher as principais praças e ruas do bairro e por lá andámos.

Numa das praças havia música tradicional ao vivo e por lá andavam grupos de mallorquinos a dançar aquilo. As danças são só para quem sabe (portanto obviamente que não eram para mim). Aquilo era uma espécie de foclore, mas não é bem. Também haviam grupos que tocavam gaita-de-foles pelas ruas e até dentro dos bares. E as pessoas vibravam com aquilo. Foi giro este dia em "Mallorca". Acho que conheci mais sobre a cultura da ilha neste dia do que quando passei uma semana em Palma.

Ah...para quem me odeia por eu estar sempre a viajar...daqui a menos de um mês vou a...Bologna! Fico 3/4 dias e vuelvo a baças!

Carnaval!!

Lembram-se quando disse que tinha sentido do rídiculo? Então esqueçam por uns instantes!

Inicialmente queria mascarar-me de vampiro, mas não encontrei nenhuma capa. Então fui vendo o que a loja do chinês tinha para oferecer e escolhi esta fatiota. A ideia é que estivesse mascarado "à anos 70". Depois de me ver vestido, pensei que isto é mais fato de "pimp-muita-rasca dos anos 70", ou "palhaço-sem-pintura-na-cara dos anos 70".

Seja como for a festa correu bem. Era uma festa de aniversário/carnaval, que incluíu musicas tão carnavalescas como "a bela portuguesa".